De Vivara em meu peito,
um brilho eterno ficou,
Joia rara, paixão
que um dia me encontrou.
Outros vieram, folheados a ouro
ou sem valor,
Mas a alma já sabia
o que era o verdadeiro amor.
Uma década se passou mas
O "boa noite" que de ouvi,
um tremor me causou,
O corpo reage ao que a mente não calou.
Ele não fala mais comigo,
Foi um amor avassalador,
Ele nem bloqueia, mas me ignora,
E meu livro em seu perfil
me assombra e me devora.
Como um fardo invisível,
essa memória me conduz,
Maquino planos de encontra-lo,
busco atalhos,
Tudo inválido.
Mas a energia se esvai,
o corpo já não tem,
E o que foi "legal"
não acende o mesmo além.
Depois dele
Tudo que aparece
é so bijuteria
Daquela que descaca
vinda da China.
Eles notaram, sim,
Que a chama não arde em mim,
Não é possível fingir
Nem repetir um amor assim.
Eu só queria um loop de risadas,
sem destino,
Pois a dor do que é profundo
me roubou o meu sino.
E o resultado
De fingir que as bijuterias
Era a joia que queria
Fez eu perder a saúde
Que tinha com dores, cólicas,
E ansiedade desmedida,
O corpo gritar!
E a alma em burnout,
sem conseguir se curar,
No sonho recebe a visita
Do único que ela aprendeu amar.
E Esse amor
É como uma possessão
Encarnada na minha
mente no meu coração.
Como eu poderia esquecer
As noites maravilhosas
Sentados na areia da praia
Olhando a lua e as estrelas?
E nada mais se iguala.
Não havia problemas,
era a paz alcancada,.
Tudo que eu sonhei,
A plenitude do amor,
Mas agora estou sem.nada.
Passou uma década
Mas esse amor não passa,
E quem chega percebe
E me diz na cara:
Você não me ama,
Você não quer nada.
E por mais que eu me esforce
Meu inconsciente não se cala:
Ele grita todo dia
"Eu não quero a bijuteria
Eu quero a joia da Vivara".