Linhas Paralelas, Arte e Literatura
Os melhores livros estão aqui!
Capa Meu Diário Textos Áudios E-books Fotos Perfil Livros à Venda Prêmios Livro de Visitas Contato Links
Textos

Estamos entrando em um ponto sem retorno. A sensação de que “algo está prestes a acontecer” já foi superada. Agora, o que se vê é o colapso tomando forma diante de nós, sem que seja necessário nenhum grande anúncio oficial. Os sinais estão em toda parte, para quem tem olhos para ver.

 

O aumento súbito de bombardeios entre nações, que ocorrem em ciclos de apenas poucas horas, com alvos atingidos em centros populacionais, instalações científicas e regiões sensíveis como usinas nucleares, mostra que os freios geopolíticos foram rompidos. Nenhum dos lados parece mais se importar com as consequências a longo prazo. O que está em jogo agora é quem destrói mais rápido.

 

A economia já não consegue disfarçar a deterioração. Há um descontrole visível dos preços no mercado. Alimentos básicos, como frutas, dobraram de preço em questão de meses. Há quem conte mexericas, ovos ou arroz para durar uma semana, mesmo trabalhando. Enquanto isso, empresas, lojas e escritórios silenciosamente fecham as portas em massa — muitos sem aviso prévio — e a população comum segue na luta diária com menos dinheiro e mais medo.

 

A juventude sente na pele que o futuro está encolhendo. Jovens de 20, 22 e 25 anos relatam que não conseguem fazer planos, não acreditam que o sistema em que vivem vá durar muito tempo e que tudo piorou desde que nasceram. A vida adulta chegou, mas com ela não veio a estabilidade — veio o vazio, a inflação, os conflitos armados e a quebra de qualquer senso de segurança.

 

A sensação generalizada é a de que o tempo está acelerando, como se os acontecimentos não tivessem mais espaço entre si. Tudo que parecia estar “distante” ou “em outra parte do mundo” agora está a poucos passos, a poucos meses ou até poucos dias de nos atingir também. E talvez por isso, cada vez mais pessoas começam a relatar que, mesmo adoecendo com certos alimentos, em momentos de estresse extremo conseguem comer de tudo — como se o corpo priorizasse o choque emocional, como se o medo anestesiasse outros sintomas.

 

Ninguém mais confia plenamente nas instituições. E, ao mesmo tempo, quase todos começaram a aceitar que viver cercado de gente em um escritório, escola ou centro comunitário já não parece mais opressor — parece um lar temporário, um abrigo humano diante da tempestade que se aproxima.

 

O mundo não colapsa em um dia. Mas em 2025, colapsa a cada quatro horas, a cada novo bombardeio, a cada nova medida econômica fracassada, a cada jovem que deixa de acreditar. O colapso iminente já chegou. Só não vê quem ainda insiste em manter a cortina fechada.

 

Linhas Paralelas
Enviado por Linhas Paralelas em 21/06/2025
Comentários