Linhas Paralelas, Arte e Literatura
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Textos

Não houve uma declaração oficial.

Ninguém disse:

"Estamos em guerra." E ainda assim, o mundo inteiro estremeceu.

 

Hoje, as armas caem do céu como estrelas mortas. Os mísseis cruzam o firmamento como se fossem sinais proféticos, e não há mais refústio certo.

O Irã, Israel, Europa, Ásia... As fronteiras são atravessadas não mais por exércitos, mas por dados, drones e desesperos.

 

Chamam de guerra híbrida.

Eu chamo de fim de um ciclo humano.

 

Não sentimos mais medo, porque o medo foi substituído por um vazio.

Não sentimos mais esperança, porque até a esperança parece estar sob cerco.

 

Ao conversar com os outros, é como se eu estivesse dentro de um filme antigo, repetido, onde as vozes não chegam ao coração.

Tudo parece gravação.

Tudo parece sonho.

E talvez seja isso: o fim das ilusões de segurança, estabilidade e progresso.

 

Porque agora os ataques não têm alvo fixo. Podem vir do alto, da rede, da fome, do mercado.

 

A guerra atravessa os telhados, os bancos, os noticiários e os nervos.

Ninguém está completamente fora dela.

 

E o mais assustador:

“Depois da tribulação daqueles dias, o sol escurecerá, a lua não dará sua luz, e as estrelas cairão do céu.”

 

Talvez as "estrelas" que caem são os satélites, os drones, os mísseis.

Talvez o Apocalipse não é uma obra futura, mas uma realidade presente disfarçada de manchete.

 

E a guerra, hoje,

não é apenas contra povos. É contra a sanidade.

Contra a lucidez.

Contra o amor.

Contra o espírito.

 

Estamos em guerra.

Não com armas, mas com tudo.

 

E cada um de nós precisa escolher:

seremos combatentes da esperança ou vítimas da indiferença?

 

Que Deus nos encontre despertos. Mesmo dentro do sonho.

Linhas Paralelas
Enviado por Linhas Paralelas em 21/06/2025
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