O mal planta desconfiança, mas eu escolho continuar fazendo o bem.
O mal não começa com violência.
Começa com um pensamento.
Um sussurro: “Nada mais vale a pena.”
“Não confie em ninguém.”
“Pra quê ajudar?”
“Vai ser em vão.”
Ele planta desconfiança.
E quando a alma acredita nisso, ela esfria.
Para de amar.
Para de fazer.
Para de crer.
Mas há uma memória que resiste.
Na Segunda Guerra Mundial, enquanto o mundo desabava,
houve quem ainda escondesse inocentes.
Quem repartisse pão.
Quem morresse por compaixão.
Quem protegesse estranhos.
Bombas explodiam lá fora, mas o amor resistia lá dentro.
E agora, num mundo também cansado, ferido e injusto,
eu vejo que o mal ainda tenta.
Tenta me convencer a parar.
Tenta me deixar amarga, desconfiada, insensível.
Mas eu escolho o contrário.
Eu escolho continuar fazendo o bem.
Mesmo com pouco.
Mesmo doendo.
Mesmo sem garantias.
Porque o amor não precisa de estabilidade.
Ele precisa de decisão.
O mal planta desconfiança.
Mas eu planto misericórdia.
E mesmo que tudo desabe de novo,
que venham tempos difíceis,
meu coração já decidiu:
O amor não vai desabar comigo.