Você que está aí preocupado com uma dívida de R$8.000, achando que sua vida acabou, que não vai conseguir se reerguer e que é um fracasso... respira.
A verdade é que isso é muito mais comum do que parece.
Quase 100% dos brasileiros estão endividados hoje — e não só os pobres.
Tem gente com carro de luxo devendo cartão. Tem empresário devendo milhões e dormindo tranquilo.
Agora, prepare-se:
Os Estados Unidos devem mais de 34 trilhões de dólares.
A Evergrande faliu com uma dívida de 300 bilhões de dólares.
Grandes empresas como a American Airlines só continuam existindo porque o governo injeta dinheiro.
Tem bilionário devendo milhões em impostos e posando de exemplo de sucesso nos jornais.
Enquanto isso, você, que deve R$8.000, se sente um lixo?
Não, não aceite isso.
O que eles não querem que você saiba é:
O mundo é sustentado por dívidas. O sistema inteiro está endividado.
A diferença é que eles devendo são "estratégicos", e você devendo é "irresponsável".
Eles têm acesso a negociação, crédito e perdão de dívidas. Você tem cobrança e humilhação.
Se endividar não te torna menor, burro ou incapaz.
Você só está vivendo em um sistema montado para fazer você fracassar se não for milionário.
Então não se desespere.
Negocie, respira, reorganize.
Mas não deixe ninguém te convencer de que sua dívida é um atestado de fracasso —
ela é só um sintoma de um mundo doente.
O sistema em que vivemos costuma ser severo com os pobres e extremamente tolerante com os grandes — quanto maior a dívida e o poder, mais facilidade se tem para renegociar, ser perdoado ou até receber incentivos.
Empresas bilionárias devem impostos e recebem anistias. Governos endividados recebem empréstimos e renegociações internacionais. Já o cidadão comum, que deve R$ 8 mil porque tentou ajudar alguém, é tratado como se fosse irresponsável ou criminoso.
Isso revela uma hipocrisia estrutural: o discurso de "responsabilidade financeira" é exigido apenas dos que têm menos poder, enquanto os que mais desequilibram o sistema continuam impunes e admirados.