Durante séculos, o mundo foi sustentado por alianças entre elites, governos, corporações e religiões que moldaram civilizações e impérios. Criaram um sistema global onde o poder circula entre os mesmos — ainda que com bandeiras diferentes. Eles construíram cidades monumentais, mercados monumentais, exércitos monumentais. Tudo aparentemente sólido, intocável.
Mas a profecia já havia avisado: não seriam os humildes, nem os pobres, nem os fiéis quem destruiria o sistema corrupto. Seriam os próprios aliados do sistema.
Apocalipse 17:16 já dizia que os “dez chifres”, símbolos de reis ou potências, se voltariam contra a mulher — a grande Babilônia, a meretriz — e a devastariam por completo. O sistema cairia pela mão daqueles que o sustentavam.
E é exatamente isso que estamos vendo hoje.
As corporações que dominavam o mundo estão se digladiando em disputas judiciais bilionárias. Os líderes políticos que antes marchavam lado a lado agora tramam uns contra os outros, traem acordos, rompem alianças. Governos divididos por dentro, famílias poderosas se destruindo em público, facções brigando pelo controle das mesmas estruturas que criaram.
O império está em chamas, mas não pela rebelião popular — e sim pela autodestruição de seus próprios arquitetos.
Nos Estados Unidos, as ruas queimam com o caos social. Protestos, saques, toques de recolher. Em outras nações, vemos golpes silenciosos, quedas internas, traições dentro do alto escalão. E tudo isso revela: não é o povo que está vencendo, é o sistema que está se corroendo por dentro.
E como todo corpo que apodrece, ele exala. O mundo já sente o cheiro da queda.
Aqueles que viam o trono como eterno, agora brigam entre si como lobos famintos. Não por justiça, não por redenção — mas por poder. Só que o trono está rachado, e quem sentar ali será consumido também.
O Apocalipse não começa com uma guerra declarada. Ele começa com divisões silenciosas entre aqueles que deveriam estar unidos. E quando os aliados se tornam inimigos, o fim não é uma hipótese. É só questão de tempo.